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Quem passa pela área rural de Itápolis se impressiona com a beleza das plantações de girassóis. O amarelo se destaca no meio da lavoura e alegra o campo, proporcionando um show de encanto e beleza.
A opção pelo plantio do girassol pelos sócios Vagner Antônio Pierre e Eder Pontieri foi por ser uma planta rustica, pouco explorada, bem tolerante às doenças, pouco exigente em água e fertilidade do solo.
Com uma grande área plantada em Itápolis, o cultivo do girassol foi uma alternativa encontrada para investir depois da safra do milho, pois o girassol aproveita a ação residual da lavoura anterior. Há cinco anos Pierre e Pontieri optaram por essa cultura por se adaptar facilmente ao clima da região. Uma aliada para garantir a boa produtividade na próxima safra.
“Fazemos uma rotação de cultura entre gramínea e leguminosa. O girassol é uma cultura de safrinha/verão. O ciclo dele varia de 120 a 130 dias do plantio à colheita, podendo chegar até 150 dias dependendo do plantio, se for tardio. O girassol se encaixou perfeitamente depois de uma cultura de soja e milho. Cultivar girassóis é algo rentável”, explica Pierre.
Entre as vantagens do plantio do girassol se destacam o benefício ao solo através da cobertura verde, o aumento de matéria orgânica e a ajuda ao meio ambiente porque atrai grande quantidade de abelhas.
De olho no mercado do girassol, Pierre e Eder optaram por trabalhar com uma semente de dupla aptidão que pode ser transformada em óleo nobre direcionada para a indústria alimentícia ou para tratar pássaros.
“Desde 2016 estamos tendo uma grande felicidade com a safra do girassol, o tempo vem colaborando, tanto nos plantios, como no desenvolvimento da cultura e com certeza, isso vai até o final da colheita. Nossas áreas estão praticamente todas salvas. A grande verdade é que escolhi trabalhar com o girassol devido sua cultura de mercado ser totalmente diferente, como a de pássaros e óleos nobres. No girassol não se perde nada”, conta Pierre.
Ele revela que toda sua produção de girassol fica armazenada em um silo da região, onde é feita uma pré-limpeza para depois ser embalado e distribuído para São Paulo, Goiás e Paraná.
Pierre defende que é a agricultura que move o mundo e que os produtores são jardineiros de Deus que possuem dons para lavrar a terra. São eles que garantem alimento para milhões de lares brasileiros, por isso, devem ser mais valorizados e unidos a fim de garantirem o bom desempenho da balança comercial, principalmente se tratando de Itápolis que tem forte vocação agrícola.
Por Luana Morais Cezario